sexta-feira, 2 de julho de 2010

Votuporanga


Votuporanga é "minha" sim. É a cidade onde nasci, cresci, vivi e ainda vivo. Amo-a de paixão. Impossível identificá-la com simples palavras. É espantosa, é dinâmica, é vibrante, é improvisadora, é contraditória, é ousada. Todas estas e muitas mais a identificam.
Enfim, amo tudo de Votuporanga. E por amor aceito suas qualidades e seus defeitos, suas vantagens e desvantagens. Quero escrever sobre ela, passar minhas emoções, compartilhar com outros que lhe dedique idêntico amor.
Mas, escrever sobre Votuporanga é uma temeridade. É um teste de múltiplas escolhas. Do que escrever? Escrever sobre a Votuporanga dos nossos sonhos? Sobre a cidade surpresa? Sobre a saudade de uma Votuporanga de dantes? Sobre os sons, os sabores, a sofisticação, os sotaques da cidade?
Para quem escrever? Para aqueles que também amam Votuporanga porque "Só quem ama é capaz de ouvir e entender estrelas", como disse o nosso Olavo Bilac.Como escrever? Com emoção, expressando sentimentos que "pegam" no dia-a-dia? Com objetividade, apenas narrando? Com orgulho, seu progresso? Com saudades, mas não saudosismo?
Não sei. Vou deixar, não "Ao Correr da Pena", como dizia José de Alencar ao escrever suas crônicas no século XIX, mas "Ao Correr do Teclado", neste século XXI. Vamos ver o que acontece.

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